Cangaço Paraibano

Projeto Trilha do Cangaço segue os passos de Lampião na Paraíba Um grupo de até 25 pessoas vai iniciar na próxima sexta-feira (04) mais uma etapa do Projeto Trilha do Cangaço pela Paraíba. A turma sairá de João Pessoa, de carro, até a cidade de Princesa Isabel (a mais de 400 km da Capital). Ainda haverá uma parada em São José da Princesa, no Alto Sertão paraibano. O Projeto Trilha do Cangaço faz parte de um processo de alto conhecimento de um grupo de andarilhos, que foi formado há 15 anos na Paraíba e conta atualmente com mais de 100 pessoas. Além da caminhada, faz parte desse processo o estudo sobre os locais por onde o grupo passa. Pedro Cirne, um dos organizadores da Trilha do Cangaço, disse que o grupo já esteve percorrendo os caminhos de Antônio Silvino - na primeira etapa - cruzando as cidades de Fagundes, Barra de Santana, Aroeiras, Riacho de Santo Antônio e Cabaceiras, todas no Cariri. O corpo de Silvino foi enterrado em Campina Grande. Segundo Pedro Cirne, em maio do próximo ano, o grupo deve realizar a terceira e última etapa do roteiro, desta vez pelas cidades de Conceição, Uiraúna e São João do Rio do Peixe. Após o encerramento desta etapa, na noite do dia 28 de julho de 2010, haverá uma grande mesa redonda em João Pessoa. Na oportunidade, segundo Pedro Cirne, será lembrada a morte de Lampião e a presença dele pela Paraíba. “Será um grande evento de celebração”, disse. Roteiro turístico A Trilha do Cangaço, se depender de Pedro Cirne, pode ser um pontapé inicial para a criação de um roteiro dos cangaceiros na Paraíba. Segundo o andarilho, em todos os Estados onde foi registrada a presença, principalmente, de Lampião, há esse tipo de roteiro que é realizado pelos turistas. Regina Amorim, gestora de Turismo do Sebrae da Paraíba, disse que a instituição tem uma série de registros de cangaceiros na Paraíba, mas que em relação a outros Estados do Nordeste é muito pequeno para se pensar num produto turístico. De qualquer forma, o grupo de andarilhos prevê a ida para as cidades pernambucanas de Triunfo, onde está instalado um museu que conta a história de Lampião e seu bando, e ainda a Serra Talhada, berço do Rei do Cangaço. “Faremos contato com o pessoal de lá para termos mais conhecimento sobre a vida de desses cangaceiros, que fazem parte da história do Nordeste”. Da Assessoria

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Memorial Frei Damião precisa de novos investimentos para o turismo religioso, afirma Mons. Nicodemos

O Memorial Frei Damião precisa de novos investimentos para o desenvolvimento do turismo religioso, afirma Monsenhor Nicodemos

Na semana passada, o padre Monsenhor Nicodemos, da paróquia de Alagoa Grande, entrou em contato com a entidade Rotary Club (Organização não-governamental voltada para serviços de cunho social em Guarabira) com o intuito de comunicar aos associados a preocupação do bispo Dom Lucena em relação ao desenvolvimento do Memorial Frei Damião.

Em reportagem exclusiva ao brejo.com, Monsenhor Nicodemos revelou que há quinze dias o bispo da Diocese de Guarabira, Dom Lucena, antes de viajar para Roma, teria lhe convidado para uma conversa sobre os destinos do Santuário. O bispo estaria empenhado na reativação daquele monumento, que fora constituído com a finalidade de impulsionar o turismo religioso na região.

“Eu e o bispo Dom Lucena já tivemos uma conversa com os padres da região do Brejo, inclusive com o padre Gaspar, que é reitor do memorial. A partir desse encontro, veio a idéia de comunicarmos ao Rotary Club a nossa intenção em desenvolver um projeto de reformas que vise o desenvolvimento do Memorial Frei Damião”, disse o Monsenhor.

Desde a fundação, em 2004, o Santuário vem sendo visitado, semanalmente, por milhares de fiéis. Mediante o crescimento e o potencial que o monumento comporta, a Diocese de Guarabira pretende fixar parcerias com o poder público e toda a comunidade objetivando a obtenção de recursos para dar prosseguimento ao processo de expansão e incrementação das possessões em torno do Memorial.

O Monsenhor Nicodemos participou do projeto inicial para a construção do Santuário, sendo um de seus principais idealizadores.

“Buscamos uma assistência maior ao Memorial. Devemos continuar sonhado, não podemos parar, os investimentos precisam ser ampliados, pois o Santuário é responsável não apenas pela divulgação da religiosidade de Guarabira e pela proliferação de romeiros, mas também pelo dinamismo econômico do município, uma vez que as milhares de pessoas que se dirigem a localidade contribuem, direta ou indiretamente, com o comércio local.”, disse o padre Nicodemos.

Propostas para serem implementadas no Memorial:

- Ampliar a área de estacionamento, mediante o grande número de veículos que se destinam ao santuário;

- Projetar um local mais adequado para a feirinha;

- Construir uma igreja com dimensões consideráveis para comportar os fiéis;

- Instalar um teleférico ligando o Cruzeiro a Estátua;

- Conclusão da Capela Nossa Senhora das Graças;

- Desenvolver cursos de formação de guias, voltado para crianças carentes da região;

- Criação de cursos de artesão, para a fabricação de imagens religiosas, que, consequentemente, irá gerar renda a famílias carentes do município;

Santuário

O Santuário de Frei Damião é um projeto arquitetônico constituído de um museu e uma estátua, em homenagem ao frade capuchinho Frei Damião de Bozzano, um missionário do Nordeste brasileiro. Atualmente é considerada a segunda maior estátua do Brasil.

A inauguração, em dezembro de 2004, contou com a presença de mais de 50 mil fiéis. Foram realizadas parcerias entre a Diocese, prefeitura e governo do estado da Paraíba para a concretização de sua edificação no município de Guarabira.

O santuário foi projetado pelo Arquiteto Alexandre Azedo. A construção da obra foi iniciada em 27 de março de 2000. O local foi transformado em santuário através de um decreto emitido pelo então Administrador Apostólico Dom Jaime Vieira, em 2007, tendo como primeiro reitor o padre Gaspar Rafael Nunes.

Simone Bezerrill
brejo.com